sábado, 18 de junho de 2011

DEPRESSÃO INFANTIL




ANSIEDADE E DEPRESSÃO NA INFÂNCIA






“Ele mesmo, porém, se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse: Basta; toma agora, ó SENHOR, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais”. I Reis 19:4.



“Tem misericórdia de mim, ó SENHOR, porque estou angustiado; consumidos estão de tristeza os meus olhos, a minha alma e o meu corpo” Salmos 31:9.


Que tristeza de alma vê nesses dois textos que tanto Elias como o Salmista expressam. Nos últimos anos a depressão humana tem sido amplamente discutida na sociedade, e pela ciência tem sido até mesmo pontuada como o mal do século. Mas e as crianças e os nossos pré-adolescentes e adolescentes, também sofrem de ansiedade e depressão?
Todas as crianças se sentem infelizes de tempos em tempos têm dias ruins ou ficam tristes. Entretanto, quando estes sentimentos persistem e interferem com a habilidade da criança em funcionar no cotidiano, a depressão clínica pode ser a causa.

A depressão em crianças, e mesmo em adolescentes, pode ser manifestada de forma um pouco diferente daquela manifestada por adultos. Essas incluem distúrbios de alimentação e sono, dor de cabeça, dor de estômago, tonturas, insônia, hiperatividade, apatia, retraimento, inibição, diminuição no rendimento escolar, ansiedade, nervosismo e comportamento agressivo ou destrutivo, agitação, diminuição da socialização, modificação da atitude em relação à escola e, perda de energia habitual.

A depressão envolve sentimentos mais negativos como a perda da auto-estima, sentimentos de auto depreciação, rejeição, irritabilidade, frustração, culpa; oscilações de humor; tornam-se muito exigentes e duras consigo mesmo e tem um forte senso crítico, podem em casos mais graves e contínuos evoluir para ameaças e tentativas de suicídio.

A depressão não tem só uma causa. As crianças podem desenvolver depressão por terem uma história familiar de desordem, ou mesmo eventos como a perda de um parente, morte dos pais, separações e divórcio, falta da figura do pai como uma pessoa presente e apoiadora, discriminação, violência e maus tratos, abandono, problemas familiares, genéticos e orgânicos - mau funcionamento das glândulas endócrinas, um defeito físico ou doença, falta de afeto – provocando insegurança, ausência de reações positivas ou de estímulo, a demonstração de preferência por outro filho, problemas de relacionamento com padrasto ou madrasta, problemas financeiros da família, sensibilidade a punições e exigências, e mudanças de escola ou cidade.

Os tratamentos para a depressão podem ser com medicamentos – farmacologia - para isso consulte um pediatra ou outro especialista que se fizer necessário. A psicoterapia se faz muito necessária no tratamento da depressão e ansiedade na infância, mas quando a família é muito doente e os pais têm dificuldades emocionais muito sérias, a criança pode estar em tratamento, mas vai continuar a conviver com aquele ambiente complicado. Neste caso, a psicoterapia exclusiva não resolve. Os pais teriam de se tratar também.
A abordagem sistêmica de terapia familiar tem obtido retorno positivo, pois, o envolvimento dos pais, e a inclusão da família no caso das depressões, têm ocasionado mudanças e evoluções no quadro.

Outra forma de tratamento é a orientação com a ajuda da pessoa do Espírito Santo, pois o Senhor nos conhece profundamente (Salmos 139). E lembre-se de que os esforços serão inúteis senão tivermos a unção do Espírito que despedaça todo o jugo. (Isaías 10:27) Podemos ajudar a criança a lidar com a depressão; auxiliando-a a falar sobre seus sentimentos, mostrando a ela que não há nenhum mal em demonstrar seus sentimentos mesmo que sejam negativos como a tristeza.. Deixe a criança saber que você sabe o que ela está sentindo. Procure a empatia mais que a simpatia.


Se o motivo da tristeza for a perda de um ente querido não esconda seus sentimentos compartilhe com a criança. Tenha mais contato físico com a criança com demonstração de afeto como abraços, e elogios, dê mais atenção. Se a tristeza deriva de um erro escondido, ajude-a confessar e a receber perdão. Ajude a criança na decisão de superar sentimentos negativos, demonstre que acredita na força e na capacidade da criança, evite ficar excessivamente compadecido isso demonstrará apenas a incapacidade da criança em defender-se. Reconstrua a auto-estima da criança.

Faça com que a criança pratique exercícios físicos, pois algumas substâncias químicas liberadas pelo cérebro durante as atividades físicas naturalmente combatem a depressão; cuidado com a dieta não a deixe sem alimentar-se, mantenha a criança ocupada, seja sensível; de apoio, adapte-se a situação e não evite a criança deprimida; nunca implique e nem a deprecie por falta de autoconfiança.

Tenha cuidado com a possibilidade de suicídio. Entenda que a criança deprimida é uma criança machucada – Para a criança deprimida a dor emocional é tão intensa, se não mais intensa que a dor física.

A criança pode superar as emoções tristes, e a depressão se tiver as ferramentas necessárias; para isso temos que ser persistentes em reagir a depressão da criança. Tenhamos bom senso que com certeza poderemos fazer muito como líderes, pastores, professores e pais para ajudar nossos filhos e nossas crianças a atravessar esse momento de vida; pois a nossa força e a nossa fortaleza vem do Senhor; Ele é o socorro para a angústia e com ele podemos todas as coisas. (Salmos 31:3; 46:1 e Filipenses 4:13)

Por: Pastora Mônica Regina Galvão Ribas
Coordenadora Nacional dos GMC e GMJR
da Igreja do Evangelho Quadrangular
Psicóloga – Terapeuta Familiar
(monycar@terra.com.br)