quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

HISTÓRIAS PARA LER , REFLETIR E MEDITAR


A Historia das tres arvores
Dicas:

1)Esta história pode ser adaptada para encenação de Natal;

2)Como história bíblica enfatizando a importância no servir;
"Se alguém me serve, siga-me, e onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará". João 12:26


3)Como História bíblica enfatizando que os Sonhos de Deus são maiores do que os nossos.
“Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que desejais.” Jeremias 29.11




A História das Três Árvores
(Uma história popular)

Durante várias gerações a história das três árvores tem passado de pais para filhos, tem sido recontada nas igrejas e até tem sido musicada e cantada. Como sucede com muitos contos populares, o seu autor é desconhecido.

No cume duma montanha erguiam-se três árvores pequenas que sonhavam o que queriam ser quanto fossem grandes.

A primeira olhou para as estrelas que cintilavam como diamantes sobre ela. “Quero conter tesouros”, disse ela. “Quero ser coberta de ouro e ser cheia de pedras preciosas. Quero ser o baú de tesouros mais belo do mundo!”

A segunda olhou para o pequeno riacho que corria em serpentina até ao oceano. “Quero ser um forte veleiro”, disse ela. Quero viajar pelas portentosas águas e transportar poderosos reis. Quero ser o navio mais poderoso do mundo!”

A terceira olhou para o vale que se estendia pelo sopé da montanha onde homens e mulheres se ocupavam a trabalhar numa pequena cidade cheia de movimento. “Não quero de forma alguma abandonar esta montanha”, disse ela. “Quero crescer e ficar tão alta que quando as pessoas pararem a fim de olharem para mim ergam os olhos para o céu e pensem em Deus. Serei a árvore mais alta do mundo!”

Os anos passaram-se. As chuvas vieram, o sol brilhou, e as pequenas árvores cresceram e tornaram-se grandes.

Um dia três lenhadores subiram a montanha.

O primeiro olhou para a primeira árvore e disse, “Esta árvore é linda. Para mim é óptima.” E com o machado derrubou-a.

“Agora tornar-me-ei num belo baú”, pensou a primeira árvore. “Conterei tesouros maravilhosos”.

O segundo lenhador olhou para a segunda árvore e disse, “Esta árvore é forte. Para mim é óptima.” E com o machado derrubou-a.

“Agora navegarei pelas portentosas águas”, pensou a segunda árvore. “Serei um poderoso navio adequado aos reis!”.

A terceira árvore sentiu o coração bater com força quando viu o último lenhador olhar para ela. Ela era direita e alta e apontava em desafio para o céu.

Mas o lenhador nunca olhou para cima. “Para mim qualquer árvore me servirá”, murmurou ele. E com o machado derrubou-a.

A primeira árvore regozijou-se quando o lenhador a levou para a carpintaria, no entanto o ocupado carpinteiro não pensava em baús de tesouros. Em vez disso as suas mãos calejadas transformaram aquela árvore numa manjedoura.

Aquela árvore outrora linda não fora coberta de ouro nem cheia de tesouros. Foi revestida de serradura e cheia de feno para alimento dos animais do campo.

A segunda árvore sorriu quando o lenhador a levou para um estaleiro, mas naquele dia nenhum poderoso veleiro estava a ser construído. Em vez disso a outrora árvore forte foi serrada e martelada até ser transformada numa simples embarcação de pesca.

Demasiado pequena e fraca para navegar nas águas oceânicas ou mesmo num rio, foi levada para um pequeno lago. Todos os dias transportava carregamentos de peixe morto malcheiroso.

A terceira árvore ficou confundida quando o lenhador a cortou em fortes barrotes e os amontoou numa serração.

“O que é que aconteceu?” interrogava-se perplexa a outrora árvore alta. “Tudo o que eu sempre quis era ficar no topo da montanha e apontar para Deus”.

Muitos, muitos dias e noites se passaram. As três árvores quase se tinham esquecido já dos seus sonhos.

Mas uma noite uma estrela dourada refulgente incidiu sobre a primeira árvore quando uma jovem mãe colocou o seu recém-nascido bebé na manjedoura.

“Desejava poder fazer-lhe um berço”, sussurrou o pai.

A mãe apertou a mão e sorriu quando viu a luz da estrela incidir na macia e robusta madeira. “Esta manjedoura é bonita”, disse ela.

E de repente a primeira árvore soube que continha o maior tesouro do mundo.

Uma noite um peregrino cansado e os amigos entraram para dentro dum velho barco de pesca. O peregrino adormeceu quando a segunda árvore navegava suavemente sobre as águas do lago.

De repente levantou-se um temporal. O barquito estremeceu. Sabia que não tinha arcaboiço para levar tantos passageiros com segurança através daquele vento e chuva.

O homem cansado despertou. Ergueu-se, estendeu a mão, e disse, “Paz”. O temporal cessou tão depressa como tinha começado.

E de repente a segunda árvore soube que estava a transportar o Rei do céu e da terra.

Uma Sexta-feira de manhã, a terceira árvore assustou-se quando os seus barrotes foram puxados do monte esquecido de madeira empilhada. Ela encolheu-se ao ser carregada por uma multidão irada e escarnecedora. Ela estremeceu quando soldados pregaram nela as mãos dum homem.

Ela sentiu nela a maldade e a inclemência e a crueldade.

Mas no Domingo de manhã, quando o sol se erguia e a terra tremia de alegria debaixo dela, a terceira árvore soube que o amor de Deus tinha mudado tudo.

Tinha feito com que a primeira árvore fosse bela.

Fez com que a segunda árvore fosse forte.

E sempre que as pessoas pensavam na terceira árvore, pensavam em Deus.

Isso foi melhor do que ser a árvore mais alta do mundo.

Muitas vezes os nossos sonhos são transformados durante a jornada, mas se confiarmos em Deus, Ele fará o melhor para nós!